sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Caredes de Poura II

Nove anos depois da primeira aparição em Paredes de Coura, dEUS voltou a descer às margens do Rio Tabuão protagonizando o melhor som do Festival até então.
Mais adultos e seguros em palco, os belgas apresentaram várias músicas do novo álbum, «Vantage Point», lançado em Abril deste ano, intercaladas por temas mais antigos.
O concerto começou com muita energia, com os dEUS a fazer vibrar o público desde a primeira música, mas que exaltou naturalmente ao som de «Instant Street», «Suds And Soda» e «Roses», temas lançados na década de 90, e que mereceram as maiores ovações da noite.
O quinteto de Antuérpia está mais apurado, a actuar com mais confiança, fazendo jogar da melhor forma o som das guitarras com as luzes do palco, que, por si só, encantaram e embalaram o público numa dança constante.
Nada ficou ao acaso nesta actuação dos dEUS, pensada ao pormenor, tendo o «front man» Tom Barman deixando ainda a promessa para o regresso em breve a Portugal, com concertos no Porto e em Lisboa em Outubro.
O dia começou com a actuação dos Spiritual Front, seguida dos The Teenagers. Na primeira apresentação em solo luso, os parisienses, com temas bem dançáveis, pareceram contudo um pouco demasiado preocupados em cativar o público.
Subiram depois ao palco os The Mars Volta, pois não foi possível mudar o voo para mais tarde – tinham de partir do Porto pelas seis da manhã de volta aos Estados Unidos, que deram um concerto só para fãs.... O rock progressivo dos norte-americanos não chegou a aquecer a noite, que terminou com a actuação dos portugueses Wraygunn.
Apesar de muitos terem abandonado o recinto após a actuação dos dEUS, a banda conimbricense contou com uma boa assistência, encerrando o terceiro e penúltimo dia do Festival Paredes de Coura com uma boa nota.

Sucesso repartido na segunda noite

Os escoceses Primal Scream e os ingleses Editors, que fecharam a segunda noite do Festival Paredes de Coura, foram, sem dúvida, as bandas que centraram todas as atenções. O sucesso foi repartido, ainda que o som distinto das duas actuações tenha cativado também diferentes públicos. Os Primal Scream, num regresso ao Norte do País, entraram atrasados em palco e demoraram a «aquecer» o público. O novo álbum, «Beautiful Future» ainda não merece coro, mas temas como «Swastika Eyes» e «Country Girl» fizeram vibrar. No final, apesar do apelo dos fãs, a banda liderada por Bobby Gillespie não voltou ao palco. Mais pontuais, os Editors comprovaram a qualidade ao vivo, ainda que os novos temas tenham arrefecido um pouco a actuação. Ainda que numa escala inferior, os The Sounds, que actuaram após Two Gallants e The Rakes, conseguiram uma actuação convincente.

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