quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rodeio (derrota com toque de esperança)


A Associação Animal decidiu interpôs uma providência cautelar para impedir a realização do espectáculo, que decorre até domingo no Parque da Cidade do Porto, mas a decisão do tribunal de ouvir a parte contrária, a quem deu 10 dias para se pronunciar, inviabiliza essa pretensão.
“Ao decidir ouvir a parte contrária, o tribunal (…) inviabilizou o sucesso do procedimento cautelar a tempo de travar o rodeio”, lamenta a associação num comunicado enviado à Lusa.
Nesse sentido, admitiu que “já não existem condições jurídicas para impedir que bois e cavalos sejam barbarizados neste vergonhoso rodeio”.
Apesar disso, a associação anunciou que pretende “dar seguimento” à providência cautelar, por considerar ser importante uma decisão judicial sobre o assunto, admitindo ainda “responsabilizar a Câmara do Porto por licenciar e apoiar um espectáculo de violência contra animais”.
Para o presidente da Animal, Miguel Moutinho, “é absolutamente vergonhoso ver a Câmara do Porto e a empresa municipal Porto Lazer a licenciarem e apoiarem um espectáculo de violência contra animais”. “O Estado português deve ser um promotor da defesa dos animais e não o contrário”, defendeu.
O Movimento Anti-Touradas de Portugal (MATP) manifestou a oposição ao I Rodeio no Porto, considerando que este tipo de eventos “não são mais do que espectáculos de violência perpetrada sobre animais indefesos”. “Não poderemos ambicionar por um ser humano evoluído e capaz de responder de forma responsável e consciente aos problemas do mundo enquanto nos mantivermos presos a comportamentos retrógrados e pouco dignificantes para o homem”, refere o MATP.
Nesse sentido, o movimento apelou a que não sejam vendidos bilhetes e à retirada dos apoios dados por diversas empresas e entidades, ameaçando “denunciar publicamente a nível nacional e internacional a sua conivência com maus-tratos a animais”.

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