terça-feira, 21 de abril de 2009

Movimento quer independência dos Carvalhos


«Pela criação da Freguesia dos Carvalhos» é o nome de uma petição criada por um movimento popular que pretende a independência daquela vila. Com o primeiro passo dado, o segundo passa, como adianta fonte do Movimento pela Independência dos Carvalhos, é “reunir as assinaturas necessárias para apresentar uma proposta de lei à Assembleia da República”. No documento, criado em http://www.ipetitions.com/petition/carvalhos_freguesia/, o movimento aponta que a actual divisão administrativa de Portugal, “na esmagadora maioria dos casos, não satisfaz as necessidades das populações”. É o caso da vila dos Carvalhos, cujo aglomerado populacional está dividido pelo território de três freguesias: Pedroso, Perosinho e Sermonde. “O elevado número de habitantes e os seus problemas comuns obrigam a uma gestão territorial uniforme, o que não existindo, actualmente, prejudica gravemente o desenvolvimento do núcleo urbano mais importante do concelho”, acrescenta ainda o movimento, que, “por uma gestão mais eficaz, que potencie o desenvolvimento e a resolução de problemas comuns a um vasto aglomerado habitacional correspondente aos Carvalhos e territórios adjacentes”, pede “a criação da Freguesia dos Carvalhos no concelho de Vila Nova de Gaia”.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

«O Maquinista» nas lojas


Disco para desfrutar "ecos de memória"

«O Maquinista», a primeira aventura a solo de João Branco Kyron, vocalista e letrista dos Hipnótica, chegou hoje às lojas. Assente na importância da palavra falada, intimista e sofisticado, é, segundo o autor, um disco "para se desfrutar".
João Branco Kyron conta que «O Maquinista» "não foi um trabalho premeditado": "Primeiro, voltei a escrever alguns textos em português e pequenas histórias ficcionadas, que é algo que já não fazia há algum tempo. Depois comecei a gravar algumas vozes e foi quando percebi que existia espaço e, sobretudo, ambiente para o surgimento da música".
Foi a partir de esse momento que o músico e compositor mergulhou "num processo bastante intenso, mas excitante, em que a voz, os textos e a musica foram tomando forma".
Em «O Maquinista», João Branco Kyron tentou "criar espaços na música que remetessem para um ambiente onírico, espaços, silêncios, climas de tensão, sons distantes como se fossem ecos da memória".
Esses fragmentos têm, no entanto, uma ideia que as liga: "Há algumas sequências que remetem para um tema comum como é o caso da Trilogia de Lisboa. Aliás, as referências à vivência em Lisboa sucedem-se sem, contudo, ser o tema central. Penso há uma essência no disco que funciona como fio condutor e que se nota nos ambientes musicais, mas também na forma como os momentos e as personagens são relatadas".
Salientando que «O Maquinista» é "um disco para se desfrutar", João Branco Kyron acrescenta que "não é muito compatível com o ritmo alucinante do dia a dia, não serve de «música de fundo», sendo preciso que haja mesmo disponibilidade para ouvir, seja em casa ou numa viagem".
Este álbum é, sem dúvida, original, muito distinto do trabalho dos Hipnótica. O músico garante, no entanto, que não sentiu necessidade de se distanciar de outros projectos: "Não propriamente. Acho que foi isso acabou por acontecer naturalmente. Sendo um projecto de palavras faladas em português distanciou-se logo à partida dos Hipnótica, mas existem alguns pontos de contacto na componente musical".
A forma como «O Maquinista» vai ser recebido pelo público português poderá ser uma incógnita, mas João Branco Kyron apenas está preocupado "em transmitir afinidade ao ouvinte".
"Espero que o que o disco passe percursos e experiências semelhantes que se cruzam, entre «O Maquinista» e as pessoas que o ouvem, num resultado que possa ser refrescante e surpreendente. Acho que existe um potencial grande para um projecto com estas características, mas que, infelizmente, não tem sido muito explorado em Portugal, salvo raras excepções. Espero que as pessoas comprem o disco, espalhem a palavra, ofereçam aos amigos e que depois me contactem e contem as suas experiências de audição do disco", revelou.
Kyron é responsável pela música, voz e textos, bem como misturas e masterização do álbum. Pelo caminho, porém, contou com a colaboração de outros artistas: "Na componente musical, tive a colaboração de dois «hipnóticos», aliás, tive bastante apoio de todos para avançar com o projecto. Nas misturas e masterização tive a ajuda do Artur David. Mais tarde juntaram-se ao projecto artistas que convidei, e que, inspirados nos textos, criaram peças originais e exclusivas que acompanham o CD. A fotógrafa Lois Gray, o ilustrador Pedro Gundar e o designer 0.7.d criaram quatro peças cada um, que são distribuídas por quatro séries, numa edição limitada a 1000 exemplares. É um objecto coleccionável, que tenta resgatar o gosto de possuir a peça, mesmo numa era em que tudo está a ser desmaterializado".

domingo, 18 de janeiro de 2009

«CALE-se» 3 em Canidelo


”Promover e divulgar a cultura” é o grande objectivo do «CALE-se» – Festival Internacional de Teatro de Amadores, organizador pelo Cale Estúdio Teatro – Associação Cultural de Actores, que cumpre este ano a terceira edição.

“Incentivar os grupos a organizar-se e a sentir que têm de apresentar trabalhos de qualidade” é também, segundo Cândido Xavier, membro da organização, uma das metas deste certame, que começou dia 17 de Janeiro e decorre até 21 de Março, na sala da Associação Recreativa de Canidelo, em Vila Nova de Gaia.

“Há uma velha máxima que diz que o teatro amador, dito não profissional, acaba por ser o voluntariado cultural. Na verdade, estes grupos trazem o teatro a pequenas localidades, como Canidelo, que, de outra forma, não teriam acesso facilitado a esta expressão cultural”, diz Cândido Xavier, explicando que, por esses motivos, a organização “faz questão de dar primazia a espectáculos com textos de autores portugueses e a grupos inscritos na Associação Nacional de Teatro de Amadores”.

Este ano, o «CALE-se» passou a ser de âmbito internacional, mas a verdade é que não há qualquer participação de grupos além fronteiras.

“Abrimos a inscrições apenas a grupos da União Europeia, ainda que tenham tentado participar dois grupos brasileiros. Depois houve uma inscrição de um grupo espanhol, mas entendemos não a validar”, explica Cândido Xavier, que, em 2010, espera que “a organização possa ter mais inscrições internacionais”.

As oito companhias em competição nesta edição são Ajitar (Idanha-a-Nova), Kaspiadas – Grupo Cénico da Casa do Povo de Pontével (Cartaxo), Loucomotiva (Coimbra), Cegada Grupo de Teatro (Vila Franca Xira), Oficina de Teatro de Favaios (Alijó), Ultimacto (Tomar), Os Plebeus Avintenses (Gaia) e Sol D'Alma (Ovar). Foi seleccionado ainda o grupo Contacto – Companhia Água Corrente de Ovar, mas apenas para uma apresentação extra-concurso.

Programa: dia 24 de Janeiro – «O Albergue», por Os Plebeus Avintenses. 31 de Janeiro: «Nem tudo começa com um beijo», pelo Sol d'Alma. 7 de Fevereiro: «Camila Baker», pelo Loucomotiva. 21 de Fevereiro: «A Bengala», pelo Ultimacto. 28 de Fevereiro: «Quando o amor é de perdição», pela Oficina de Teatro de Favaios. 7 de Março: «Da ocidental praia Lusitana», pelo Ajitar. 14 de Março: «Os Outros», pelo Cegada Grupo de Teatro. 21 de Março: «O Auto da Alma», pela Contacto, e entrega de prémios aos vencedores. Todos os espectáculos começam às 22h00.